Livros disponíveis no nosso catálogo

«Uma das razões mais tocantes desta escrita de Paulo da Costa Domingos reside precisamente na relativa indiferença com que sobrepõe ao vício da linguagem um outro vício mais radical: o da própria vida. Que possa ser sentida e pressentida como horror e conflito também pouco importa por sua ve...

Sem remissão nem fuga todo o pensamento é um muro de linguagem. Assim também este volume de luz que não difundirá transparências. Tudo o que em vão se extingue na mente: ecos de coisas sacrificadas às tuas intuições. Morre-se mais de um puro gesto de escrever sem rigor ou cons...

«a seara que a noite perdeu na neblina era pão que se apagou grito que teimou não arder sede de lume que o tempo (esse imparável comboio sem estação nem apeadeiro) há de assomar contra o vazio» Prémio Literário de Poesia Manuel Maria Barbosa du Bocage, 2015...

A Estranheza Fora da Página é um exercício de escrita a quatro mãos que questiona a poesia e a chegada do poema, matéria visível. Como quem se prepara para a celebração de imaginários perdidos no espaço cego da página, a constituir-se em corpo. Torna-se por vezes visível. E surpreende. C...

Onde escrevi estilitas o revisor mudou para estilistas corrigindo assim algo de incómodo talvez a posição de quem se isola em si mesmo numa ponta árida do mundo ou seja pensou em mim sem se dar conta quis dar estilo ao que não sabia e é isso mesmo a poesia: dar uma forma ao desconhecid...

A morte não existe. Tudo é sexo e canto....

Tinhas agora contigo um livro branco a casa arrumada a biblioteca organizada em função de colecções (ensaio poesia política Livros sobre símbolos Dicionário de mitologia dicionários de símbolos filosofia a apologia de sócrates sobretudo e arte recordas um livro sobre arquitectura maia um o...

Se dizemos pássaro, voar é redundância. Em fogo, aparece o inevitável Stravinsky como transcrição da impotência humana. Assim o homem se barbeia já velho e a pedir esmola. E nada! Contaram os sagrados lausperenes da intenção. De borco caiu na coisa da noite onde o bispo mata o cavalo e fog...

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Vivo no batimento cardíaco de uma gaiola de refugiados. O novo século anunciava filigrana, gargantas sem alçapão, altruísmo de medula intacta. Recitava-se a amnésia das fronteiras, a livre circulação de candelabros na utopia e mentes capazes de respirar esculturas de Rodin. Atraves...

Orfeu, próximo à superfície, ou desconfia do engodo ou não suporta a tentação de vê-la; sente Eurídice, a necessidade de tornar essa presença uma imagem, o gesto de olhá-la, agora memória. A morte da experiência faz nascer o poema. Orfeu sabe Eurídice, poesia. Se não houvesse o gesto, ...