Anatomia do medo

Nunca mais irá olhar para a história do crime da mesma forma. Jonathan Santlofer é o responsável pelo acontecimento ao criar uma personagem serial killer, membro de organizações neo-nazis americanas, que é simultaneamente um artista, deixando um desenho seu como assinatura nos corpos daqueles que mata. A mente deste homem é deveras rebuscada, elaborando o retrato das suas vítimas e contando em pormenor o que lhes irá fazer antes de lhes tirar a vida. Para tentar definir o seu perfil, a polícia pede a Nate, o seu desenhador, que inicie o retrato-robot do criminoso e assim, desenho a desenho, os dois homens ficam cada vez mais próximos um do outro, utilizando os seus talentos para se despistarem mutuamente. Nate é ajudado pela avó, mestre na arte do oculto, o que mesmo assim não o impede de ficar como um dos alvos do assassino. A crítica é unânime em considerar que o autor assina um trabalho brilhante e original que mescla prosa e imagens, amor e ódio, fria realidade e misticismo, culminando num clímax final.