Cabeças Cortadas
14,00 €
- ISBN: 9789895317837
- Edição: 2022
- Idioma: Português
- Nº Páginas: 186
- Tipo: Livro
- Estado: Novo
- Editora: Flauta de Luz
- Autor: Bravo, Pedro
Tema: Sociologia
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Descrição
Escrito mais de dez anos antes da eclosão da pandemia de covid-19 e da catástrofe sanitária e moral daí resultante, este ordenado conjunto de contos de Pedro Bravo manifesta perturbantes premonições do que passou a estar em curso no mundo: uma continuada repetição de desastres consubstanciais ao desenvolvimento.
Mas, abarcando também épocas anteriores à nossa, Cabeças Cortadas não é uma ficção visionária, é uma obra assente em realidades ferozes que nem pandemias nem guerras substituem, embora as empiorem. Explorando um mundo de disfunções que se têm tornado estruturantes, revela-o nos meandros mais impensados das relações sociais, quer se trate, por exemplo, de experiências médico-farmacêuticas com o corpo humano ou da necessária dependência mortal de drogas psicotrópicas.
Cabeças Cortadas constrói-se sobre uma geometria visual de palavras e ideias não pacíficas de que decorre um paradoxal realismo semântico. Acoplamentos voluntários no ritmo dos contos desvendam, num delírio negro, duplos sentidos e amiúde miríades de significados. Mas a poderosa e ágil estrutura da composição literária não deixa que desta miríade decorra confusão. O sentido devém acção.
Sexual, sem nunca ser descritivo, vibrante de fúria e imaginação, Cabeças cortadas - cuja personagem central é o corpo humano - deixa-nos o registo de que as nossas sociedades assentam numa violência grademente oculta.
Mas, abarcando também épocas anteriores à nossa, Cabeças Cortadas não é uma ficção visionária, é uma obra assente em realidades ferozes que nem pandemias nem guerras substituem, embora as empiorem. Explorando um mundo de disfunções que se têm tornado estruturantes, revela-o nos meandros mais impensados das relações sociais, quer se trate, por exemplo, de experiências médico-farmacêuticas com o corpo humano ou da necessária dependência mortal de drogas psicotrópicas.
Cabeças Cortadas constrói-se sobre uma geometria visual de palavras e ideias não pacíficas de que decorre um paradoxal realismo semântico. Acoplamentos voluntários no ritmo dos contos desvendam, num delírio negro, duplos sentidos e amiúde miríades de significados. Mas a poderosa e ágil estrutura da composição literária não deixa que desta miríade decorra confusão. O sentido devém acção.
Sexual, sem nunca ser descritivo, vibrante de fúria e imaginação, Cabeças cortadas - cuja personagem central é o corpo humano - deixa-nos o registo de que as nossas sociedades assentam numa violência grademente oculta.