Com Navalhas E Navios
16,00 €
- ISBN: 978-989-8828-79-8
- Depósito legal: 459992/19
- Edição: 2019
- Idioma: Português
- Tipo: Livro
- Estado: Novo
- Editora: Companhia das Ilhas
- Autor: BETTENCOURT, URBANO
Tema: Literatura Portuguesa, Poesia
Colecção: azulcobalto
Procure o livro que tanto deseja
Selecione a quantidade prentendida, da Livraria que mais lhe convém
Pode encomendar livros em diferentes livrarias
Coloque os seus dados de contato e finalize o seu pedido
Irá ser contatado pelos Livreiros sobre a sua encomenda
Descrição
Prefácio de Carlos Bessa
O desencanto, a melancolia e as perdas que perpassam pelos versos de Urbano são esse misto de geografia e história, parábolas da condição humana. Contá-las, mesmo que elipticamente, é um modo de registar poeticamente um tempo, um lugar, uma cultura, uma tradição comuns a várias gerações e ao que vulgarmente se designa de alma humana, sintetizando e deixando memória de uma resiliência, até contra os chavões com que nos querem aprisionar e cegar: “Onde for o lugar de tudo isto e a memória / desse lugar, / aí encontrarás a raiz exacta / das palavras, / a seiva / de que a vida se sustenta.” O título desta colectânea, Com navalhas e navios, onde se deixa um livro e vários poemas de fora, numa obra já de si bastante breve, constitui, pois, não só o balanço de perto de meio século de escrita poética, como dá bem a medida de uma tensão entre os tumultos interiores e as metáforas que exprimem as dinâmicas do que se observa, sonha, pensa e sente, numa luta constante entre o sofrimento e a alegria, entre as “manhas do tempo”, “uivos /e fantasmas” e “as sílabas que estremecem sob a pele / ao rumor do vento” ou “as palavras afundadas no abismo do corpo”, todos esses “sedimentos, o secreto / fulgor das mais antigas fundações”. Podendo mesmo, de quando em quando, entregar o seu estro ao humor “deletor ou deletante”, “transformando o deletor / na matéria deletada”.
Carlos Bessa (do Prefácio)
O desencanto, a melancolia e as perdas que perpassam pelos versos de Urbano são esse misto de geografia e história, parábolas da condição humana. Contá-las, mesmo que elipticamente, é um modo de registar poeticamente um tempo, um lugar, uma cultura, uma tradição comuns a várias gerações e ao que vulgarmente se designa de alma humana, sintetizando e deixando memória de uma resiliência, até contra os chavões com que nos querem aprisionar e cegar: “Onde for o lugar de tudo isto e a memória / desse lugar, / aí encontrarás a raiz exacta / das palavras, / a seiva / de que a vida se sustenta.” O título desta colectânea, Com navalhas e navios, onde se deixa um livro e vários poemas de fora, numa obra já de si bastante breve, constitui, pois, não só o balanço de perto de meio século de escrita poética, como dá bem a medida de uma tensão entre os tumultos interiores e as metáforas que exprimem as dinâmicas do que se observa, sonha, pensa e sente, numa luta constante entre o sofrimento e a alegria, entre as “manhas do tempo”, “uivos /e fantasmas” e “as sílabas que estremecem sob a pele / ao rumor do vento” ou “as palavras afundadas no abismo do corpo”, todos esses “sedimentos, o secreto / fulgor das mais antigas fundações”. Podendo mesmo, de quando em quando, entregar o seu estro ao humor “deletor ou deletante”, “transformando o deletor / na matéria deletada”.
Carlos Bessa (do Prefácio)