Economia e complexidade
Clique na imagem para ampliar

Economia e complexidade

41,90 €
  • ISBN: 9789724012940
  • Depósito legal: 144558/99
  • Edição: 1999
  • Idioma: Português
  • Dimensões: 23x15,9x4,6 cm
  • Nº Páginas: 782, [4] p.
  • Tipo: Livro
  • Estado: Novo
  • Editora: Almedina
  • Autor: Guedes,Francisco Corrêa
Tema: Economia

Procure o livro que tanto deseja

Selecione a quantidade prentendida, da Livraria que mais lhe convém

Pode encomendar livros em diferentes livrarias

Coloque os seus dados de contato e finalize o seu pedido

Irá ser contatado pelos Livreiros sobre a sua encomenda

Livrarias

Livraria Localização Estado Quantidade
Letras e Livros Leiria, Leiria Disponível -+
  • Descrição

Economia e Complexidade de Francisco Corrêa Guedes, fruto de uma tese de doutoramento, está indicado para estudantes de economia, ajudando à reflexão os mais apetrechados na ciência económica.
O livro descreve o que alguns autores poderiam denominar de complexologia, sendo uma das primeiras obras do género «fabricadas» no Velho Continente. A aposta da editora ultrapassa fronteiras, sendo objectivo também colocar a obra no concorrencial mercado brasileiro. O autor percorre a epistemologia analisando os modelos bem como as respectivas inter-relações. Com sentido crítico, mas numa linguagem atraente, recheado de exemplos e «histórias da história de diversas ciências», o autor analisa a metamorfose da ciência. Identificam-se ideias económicas cujo desgaste ou absolescência mais se evidencia. Pelo seu conteúdo científico, não admira se este livro passar a constar das obras de referência curricular para os estudantes de economia. É, por exemplo, de inegável interesse como o autor avalia o que disseram os pensadores da economia no seu tempo a partir do que sabemos hoje.
Francisco Corrêa Guedes, professor universitário, ocupou vários cargos públicos entre 1974 e 1980, sendo co-autor de livros universitários como Economia Internacional em parceria com Bernard Guillochon.
in Diário de Notícias, 14 de Fevereiro de 2000

Uma Ciência «transversal»

Os «Sistemas Complexos» residem, literalmente, em todas as disciplinas do Conhecimento. Do «A» de Antropologia ao «Z» de Zoologia não existe uma só disciplina que não possa ou não deva ser abordada pela Complexidade.
No presente livro estaciona-se no «E» de Economia e procuram compreender-se as consequências da fertilização cruzada das ideias económicas com as da Complexidade.

Quantas e quais podem ser, afinal, as semelhanças, afinidades ou propriedades comuns entre bandos de aves migratórias, formigueiros, o tráfego rodoviário, o desenvolvimento urbano, o sistema imunológico que nos defende das doenças, as cronologias de cotações bolsistas, a produção e distribuição de bens e serviços, o cérebro humano, a Internet ? Ordenando as semelhanças das mais para as menos evidentes: um número potencialmente infinito de elementos - e subconjuntos deles - em interacção dinâmica inserindo-se numa «rede»; na «rede» a acção motriz da «auto-organização», através de conjuntos de hierarquias modulares, faz emergir padrões, resultado agregado totalmente invisível e insuspeitável, a partir dos comportamentos singulares dos elementos e agentes básicos. A água, por exemplo, é um fenómeno de «auto-organização»; por outro lado, é bem um exemplo-limite de «emergência». Os agentes nos sistemas empregam «modelos internos» para dirigir o seu comportamento. A designação hoje mais corrente para estes sistemas é a de «Redes Adaptativas Complexas» (John Holland).
É importante validar a plena aplicação da «Evolução por Selecção Natural» às ciências humanas, sociais e políticas, o que só se tornou claro de há menos de 20 anos para cá, depois do biólogo Richard Dawkins Ter revelado o conceito de "meme" em The Selfish Gene. Antes disso faltava nos fenómenos estudados por essas ciências um ingrediente essencial: a replicação através da qual a prole adquiria os acréscimos de aptidão que a fariam sobreviver e prosperar entre espécies concorentes. Quando a propósito desse fenómenos se falava de «evolução» tratava-se de uma evolução «lamarckiana» - transmissão de caracteres adquiridos. Mas o «meme» estava dotado duma capacidade replicadora émula da do gene, rigorosamente homóloga.

Os «memes» e as imitações
Os novos replicadores são ideias, os «memes». Não as ideias simples, mas o tipo de ideias compostas que se configuram como unidades memorizáveis diferenciadas como, por exemplo, as de vestuário, calendário, cálculo, xadrez, impressionismo. Os exemplos de «memes» podem agrupar-se em classes como as canções e as modas do vestuário. E assim como os genes se propagam no reservatório genético, transitando de corpo para corpo, também os «memes» se propagam transitando de cérebro para cérebro por um processo que num sentido largo se pode chamar de imitação. Alguém descobre uma boa ideia e conta-a a alguém que gosta dela e a adopta. A partir daí a ideia propaga-se por um processo rigorosamente semelhante ao da difusão de uma epidemia.
in Revista Unibanco, Maio de 2000

Main Menu