O Gato Visitador
10,00 €
Livro Raro
- ISBN: 978-989-97468-9-3
- Depósito legal: 358888/13
- Idioma: Português
- Tipo: Livro
- Estado: Novo
- Editora: Volta d'Mar
- Autor: MACHADO, CARLOS ALBERTO
Tema: Literatura Portuguesa, Poesia
Edição: 1.ª
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Descrição
Sua escrita se movimenta livremente em direção a uma estrutura pouco convencional, dotada de um pragmatismo que reflete o desenvolvimento de uma poesia subjetiva com foco no poeta, ou na própria poesia. A forma como expõe o processo criativo, seduz o leitor a “viajar” com ele em seu devaneio, pois “esta é desde sempre a sua demanda / agora aferroada a uma luz nova / um sagrado inviolável / é bom que o gato visitador o saiba / cada jornada pode matar a seguinte / num feixe de sucessivas passagens / pequenas mortes daquele que escreve/ abolição / completude / queres que te acompanhe / pergunta o gato visitador” (p.7).
(…)
Ao longo do texto, Machado dá continuidade ao que já conhecemos da sua escrita, confiante de que “o gato fingidor / perdão / visitador” estará sempre por perto, bem enraizado no seu âmago, consciente dos caminhos que ainda tem que trilhar com sua pena de sonho e realidade.
Finalmente, Machado consegue, com extraordinário mérito e sem muito esforço, o desvelo de conceber um texto singular “na companhia de oculto gato ouvidor o artesão / a tecer um texto raiado de onde se pode segurar ou perder / uma ponta / quem queira / eis o logro onde todos podem ter a ilusão de tecerem e serem / tecidos” (p.28).
Wellitania Oliveira, crítica literária, Doutorada em Ciências da Cultura pela UTAD.
«o homem encosta-se ao frio da noite sob a luz de uma vela
a primeira do seu primeiro altar em noite de cinza sagrada
antes mesmo de saber dos lutos vindouros sob outras luzes
e disto há-de o homem falar muitas vezes antes de pensar
como dizê-lo na sua voz e nas vozes que o povoam
antes e depois das palavras esquecidas e das outras
de outra vez está o homem de pé
encostado a uma sombra
a estancar uma veia»
(…)
Ao longo do texto, Machado dá continuidade ao que já conhecemos da sua escrita, confiante de que “o gato fingidor / perdão / visitador” estará sempre por perto, bem enraizado no seu âmago, consciente dos caminhos que ainda tem que trilhar com sua pena de sonho e realidade.
Finalmente, Machado consegue, com extraordinário mérito e sem muito esforço, o desvelo de conceber um texto singular “na companhia de oculto gato ouvidor o artesão / a tecer um texto raiado de onde se pode segurar ou perder / uma ponta / quem queira / eis o logro onde todos podem ter a ilusão de tecerem e serem / tecidos” (p.28).
Wellitania Oliveira, crítica literária, Doutorada em Ciências da Cultura pela UTAD.
«o homem encosta-se ao frio da noite sob a luz de uma vela
a primeira do seu primeiro altar em noite de cinza sagrada
antes mesmo de saber dos lutos vindouros sob outras luzes
e disto há-de o homem falar muitas vezes antes de pensar
como dizê-lo na sua voz e nas vozes que o povoam
antes e depois das palavras esquecidas e das outras
de outra vez está o homem de pé
encostado a uma sombra
a estancar uma veia»