O Passado é uma Espécie de Futuro
16,00 €
- ISBN: 9789899007765
- Depósito legal: 499177/22
- Edição: 06/2022
- Idioma: Português
- Nº Páginas: 144
- Tipo: Livro
- Estado: Novo
- Editora: Companhia das Ilhas
- Autor: Reis, Simão dos
Tema: Literatura Portuguesa, Prosa
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Descrição
O mesmo narrador que se propõe guiar a audiência avisa-a que tomou as devidas precauções para não ser interrompido. Lamenta a posição desconfortável em que a coloca, mas trata-a como uma testemunha amordaçada e indefesa, "amarrada de pés e mãos e dependurado de cabeça para baixo".
Uma mulher promete erguer uma ermida se conseguir casar a afilhada, mas, uma vez desaparecido o noivo, dissipa-se o motivo da promessa. Um homem cavalga a sós com os seus pensamentos, sem conseguir decidir o que separa a memória da experiência vívida do real. Os contos reunidos por Simão dos Reis neste novo título deixam aberto um panorama de cruzamentos entre realidade e sonho, história e mito, subterrâneo e superfície, como dimensões que se prolongam e continuam entre si. A literatura, essa "geografia de tecido excessivamente hostil", é a personagem omnipresente destas digressões narrativas, transportando o leitor de sala em sala e de sonho em sonho.
Autores, narradores e leitores são, num mesmo passo, velhos conhecidos e velhos adversários: partilham um mesmo lugar espectral que se bifurca, enquanto se digladiam, em busca da verdadeira vida, e, se não se resignam em cercar-lhe um significado, tampouco se podem deixar vencer pelas relações de aparente causalidade com que os eventos do quotidiano os tentam iludir.
Uma mulher promete erguer uma ermida se conseguir casar a afilhada, mas, uma vez desaparecido o noivo, dissipa-se o motivo da promessa. Um homem cavalga a sós com os seus pensamentos, sem conseguir decidir o que separa a memória da experiência vívida do real. Os contos reunidos por Simão dos Reis neste novo título deixam aberto um panorama de cruzamentos entre realidade e sonho, história e mito, subterrâneo e superfície, como dimensões que se prolongam e continuam entre si. A literatura, essa "geografia de tecido excessivamente hostil", é a personagem omnipresente destas digressões narrativas, transportando o leitor de sala em sala e de sonho em sonho.
Autores, narradores e leitores são, num mesmo passo, velhos conhecidos e velhos adversários: partilham um mesmo lugar espectral que se bifurca, enquanto se digladiam, em busca da verdadeira vida, e, se não se resignam em cercar-lhe um significado, tampouco se podem deixar vencer pelas relações de aparente causalidade com que os eventos do quotidiano os tentam iludir.