O Tempo das Igrejas Vazias
14,00 €
- ISBN: 9789896737757
- Depósito legal: 479456/21
- Idioma: Português
- Tipo: Livro
- Estado: Novo
- Editora: Paulinas
- Autor: Halík, Tomás
Tema: Prosa, Religião/Espiritualidade
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Descrição
Na primavera de 2020, parecia-nos que, as igrejas fechadas, se deveriam tornar uma recordação para contar às gerações futuras. Durante aqueles dias, Tomáš Halík, capelão da igreja da Universidade em Praga, pregava pontualmente a partir da sua capela vazia, refletindo sobre a Palavra do Tempo Pascal, e entregava essas reflexões aos meios de comunicação, atingindo assim um povo de fiéis desconhecidos. São essas mesmas homilias e reflexões que o Pe. Halík partilha, agora, connosco neste livro, e que se ajustam perfeitamente ao tempo que, novamente, estamos a viver.
Não podíamos imaginar que, um ano depois, devido ao reavivar do Covid-19, aquela situação se tornasse dramaticamente atual, e que voltássemos a experimentar o confinamento e a ter liturgias sem participação de fiéis.
Tomáš Halik apercebe-se da desorientação global gerada pela pandemia, e sente também a ansiedade do povo crente: «Será que esta pandemia é um castigo de Deus?» Definitivamente que não, afirma o Autor, e oferece uma reflexão baseada em crença e razão. Pelo contrário, as igrejas vazias, em tempo de confinamento, podem assumir um valor simbólico para o futuro próximo da Igreja, e isso acontecerá se nós, cristãos, tomarmos a sério a nossa vida de crentes. Tomáš Halík desafia-nos a encontrarmos Cristo, para lá do ritual. A reconhecê-lo nas suas feridas - nas da humanidade crente e não crente -, na sua voz de Ressuscitado, e quando nos fala intimamente, pelo Espírito que traz paz e afasta o medo. Também no cristianismo algo tem de morrer para poder ressurgir de uma forma nova e transformada. E esta nova figura já está a emergir, e todos nós podemos ser testemunhas e participantes ativos neste nascimento. Talvez devamos aceitar, como Kairós, a abstinência de serviços religiosos e de atividades da Igreja, como uma oportunidade para pararmos e refletirmos, profunda e empenhadamente, diante de Deus e com Deus.
Não podíamos imaginar que, um ano depois, devido ao reavivar do Covid-19, aquela situação se tornasse dramaticamente atual, e que voltássemos a experimentar o confinamento e a ter liturgias sem participação de fiéis.
Tomáš Halik apercebe-se da desorientação global gerada pela pandemia, e sente também a ansiedade do povo crente: «Será que esta pandemia é um castigo de Deus?» Definitivamente que não, afirma o Autor, e oferece uma reflexão baseada em crença e razão. Pelo contrário, as igrejas vazias, em tempo de confinamento, podem assumir um valor simbólico para o futuro próximo da Igreja, e isso acontecerá se nós, cristãos, tomarmos a sério a nossa vida de crentes. Tomáš Halík desafia-nos a encontrarmos Cristo, para lá do ritual. A reconhecê-lo nas suas feridas - nas da humanidade crente e não crente -, na sua voz de Ressuscitado, e quando nos fala intimamente, pelo Espírito que traz paz e afasta o medo. Também no cristianismo algo tem de morrer para poder ressurgir de uma forma nova e transformada. E esta nova figura já está a emergir, e todos nós podemos ser testemunhas e participantes ativos neste nascimento. Talvez devamos aceitar, como Kairós, a abstinência de serviços religiosos e de atividades da Igreja, como uma oportunidade para pararmos e refletirmos, profunda e empenhadamente, diante de Deus e com Deus.