As Ilhas Desconhecidas (Notas e Paisagens)

O texto de Pedro da Silveira, «Um dos melhores livros de viagens de todos os tempos», fôra publicado na edição da Perspectivas & Realidades, salvo erro a segunda do livro, com um hiato de mais de seis décadas desde a original (!); e o do investigador e estudioso brandoniano Vasco Rosa, «Um livro que brilha, cem anos depois” (mais rigorosamente 96), salientava entre outras notas curiosas que ainda em 2021 um crítico do «Times Litterary Suplement» afirmou que «As Ilhas Desconhecidas», se porventura fossem publicadas em inglês logo à época, teriam deixado Bruce Chatwin “verde de inveja”. Vasco Rosa, recorde-se, publicou também nesta editora «Raul Brandão e os Açores» (2019), precisamente uma radiografia dos motivos, da viagem e da composição deste livro por um dos gigantes das nossas letras; ficando todos nós a saber que se «Os Pescadores» e «As Ilhas Desconhecidas» formam um dueto bastante evidente, isso tem uma razão simples: foi o editor da Aillaud e Bertrand que entusiasmado com o sucesso do primeiro encomendou a Brandão o segundo. Passe o trocadilho; queria um livro na esteira de «Os Pescadores», e aqui o teve.