Chita – Uma memória da Ilha do Fim
13,00 €
- ISBN: 9789898833983
- Depósito legal: 494343/22
- Edição: 02/2022
- Idioma: Português
- Nº Páginas: 148
- Tipo: Livro
- Estado: Novo
- Editora: Sistema Solar
- Autor: Hearn, Lafcadio
- Tradutor: Fernandes, Aníbal
Tema: Literatura Estrangeira, Prosa
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Descrição
A obra-prima de Lafcadio Hearn.
Chita, a órfã da Ilha do Fim,
no «maravilhoso círculo duplo do Azul…
glórias gémeas de profundidades infinitas
que se entre-reflectem enquanto o Além do Mundo…
Derrama uma preciosa luz.»
«[…] Antes deste Lafcadio Hearn dominado pela sedução japonesa há, portanto, o Lafcadio das «lamentáveis odisseias na Europa e na América», onde encontramos o autor de Chita, o seu primeiro romance — de 1887 no Harper’s Magazine de Nova Iorque, e dois anos depois em livro numa versão ligeiramente modificada.
O japonês Yakumo Koisumi teve como o seu primeiro nome inteiro Patricio Lafcadio Tessima Carlos Hearn, o que lhe foi dado quando nasceu no ano 1850 em Lêucade, uma ilha do Mar Jónico nessa altura sob ocupação inglesa e hoje pertencente à Grécia.
[…]
Os seus seis anos de Cincinnati tiveram de ser prolongados por outros, agora no jornalismo de Nova Orleães, a cidade do Mississipi racialmente mais permissiva, e desta vez na redacção de Le Commercial.
Foi ali, numa confusão urbana que misturava o inglês, o francês, o espanhol, e fazia nascer variantes crioulas, inventoras de palavras com ecos de todas estas línguas, que Lafcadio Hearn imaginou o seu primeiro romance — Chita (uma redução de Conchita), a personagem feminina que serviria de pretexto à longa evocação da tragédia da Ilha do Fim.
[…]
Lafcadio Hearn, já a assumir-se como autor de textos de ficção, escreveu para o jornal Times-Democrat inventados fragmentos de cartas de um dos sobreviventes dessa catástrofe, e chamou-lhes Torn Letters (Cartas Rasgadas), um êxito que o incitou à narrativa Chita, pouco depois publicada no Harper’s Magazine.
Numa carta de 1888 — a altura em que ele viveu na Martinica como correspondente do Harper’s Magazine e pensava em publicar em livro a novela escrita um ano antes para esse mesmo jornal — Hearn informa que a «sua Conchita» lhe tinha sido inspirada pelo caso verídico de uma rapariguinha salva por pescadores do desastre da Ilha do Fim — e marcada, a partir dos quatro anos de idade, por uma paternidade desconhecida.»
Aníbal Fernandes
Chita, a órfã da Ilha do Fim,
no «maravilhoso círculo duplo do Azul…
glórias gémeas de profundidades infinitas
que se entre-reflectem enquanto o Além do Mundo…
Derrama uma preciosa luz.»
«[…] Antes deste Lafcadio Hearn dominado pela sedução japonesa há, portanto, o Lafcadio das «lamentáveis odisseias na Europa e na América», onde encontramos o autor de Chita, o seu primeiro romance — de 1887 no Harper’s Magazine de Nova Iorque, e dois anos depois em livro numa versão ligeiramente modificada.
O japonês Yakumo Koisumi teve como o seu primeiro nome inteiro Patricio Lafcadio Tessima Carlos Hearn, o que lhe foi dado quando nasceu no ano 1850 em Lêucade, uma ilha do Mar Jónico nessa altura sob ocupação inglesa e hoje pertencente à Grécia.
[…]
Os seus seis anos de Cincinnati tiveram de ser prolongados por outros, agora no jornalismo de Nova Orleães, a cidade do Mississipi racialmente mais permissiva, e desta vez na redacção de Le Commercial.
Foi ali, numa confusão urbana que misturava o inglês, o francês, o espanhol, e fazia nascer variantes crioulas, inventoras de palavras com ecos de todas estas línguas, que Lafcadio Hearn imaginou o seu primeiro romance — Chita (uma redução de Conchita), a personagem feminina que serviria de pretexto à longa evocação da tragédia da Ilha do Fim.
[…]
Lafcadio Hearn, já a assumir-se como autor de textos de ficção, escreveu para o jornal Times-Democrat inventados fragmentos de cartas de um dos sobreviventes dessa catástrofe, e chamou-lhes Torn Letters (Cartas Rasgadas), um êxito que o incitou à narrativa Chita, pouco depois publicada no Harper’s Magazine.
Numa carta de 1888 — a altura em que ele viveu na Martinica como correspondente do Harper’s Magazine e pensava em publicar em livro a novela escrita um ano antes para esse mesmo jornal — Hearn informa que a «sua Conchita» lhe tinha sido inspirada pelo caso verídico de uma rapariguinha salva por pescadores do desastre da Ilha do Fim — e marcada, a partir dos quatro anos de idade, por uma paternidade desconhecida.»
Aníbal Fernandes