Cinco Cavalos Abatidos e Outros Poemas
15,00 €
- ISBN: 9789899007680
- Depósito legal: 497180/22
- Edição: 03/2022
- Idioma: Português
- Nº Páginas: 88
- Tipo: Livro
- Estado: Novo
- Editora: Companhia das Ilhas
- Autor: ALMEIDA, RUI
Tema: Literatura Portuguesa, Poesia
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Descrição
Rui Almeida - uma das vozes mais sólidas e seguras da contemporaneidade poética portuguesa - regressa à Companhia das Ilhas. A poderosa e desoladora imagem do título - Cinco Cavalos Abatidos - corresponde-se com um título noticioso do dia último de 2013 e constitui uma chave de leitura para estes poemas, em que se conjuga uma crítica implacável à realidade contemporânea com um aproveitamento prodigioso do material poético do quotidiano.
Alguns destes textos remetem para outras obras artísticas, sobretudo nos campos da fotografia e da pintura, para a partir delas urdir um diálogo intenso com a actualidade, fundindo o olhar do poeta e o do cronista, num retrato avassalador que percorre a geografia nacional e a indigência das suas instituições, se desmaterializa e censura sem tréguas a hegemonia capitalista global e os seus algozes sem rosto, e a que sequer falta a reprovação dos oprimidos da ordem instituída, à qual, alienados, não oferecem resistência: «escravos do que consumis, escravos / do que vos consome, esse Saturno / Insaciável, a quem tratais / Por pai e vos devora sem piedade». Cinco Cavalos Abatidos foi um título de notícia que se transmudou em título de um livro e de um poema nele contido - mas podia ser o de uma fotografia ou o de uma pintura, onde nos reveríamos todos assim, mortos «sem motivo aparente», sem tão-somente direito de encarar os nossos carrascos, despojados de préstimo ou elevação, deserdados da «História, à qual tudo perdoamos / em nome da erudição / (…) / na heterodoxa afasia / que tanto alívio dá à memória».
Alguns destes textos remetem para outras obras artísticas, sobretudo nos campos da fotografia e da pintura, para a partir delas urdir um diálogo intenso com a actualidade, fundindo o olhar do poeta e o do cronista, num retrato avassalador que percorre a geografia nacional e a indigência das suas instituições, se desmaterializa e censura sem tréguas a hegemonia capitalista global e os seus algozes sem rosto, e a que sequer falta a reprovação dos oprimidos da ordem instituída, à qual, alienados, não oferecem resistência: «escravos do que consumis, escravos / do que vos consome, esse Saturno / Insaciável, a quem tratais / Por pai e vos devora sem piedade». Cinco Cavalos Abatidos foi um título de notícia que se transmudou em título de um livro e de um poema nele contido - mas podia ser o de uma fotografia ou o de uma pintura, onde nos reveríamos todos assim, mortos «sem motivo aparente», sem tão-somente direito de encarar os nossos carrascos, despojados de préstimo ou elevação, deserdados da «História, à qual tudo perdoamos / em nome da erudição / (…) / na heterodoxa afasia / que tanto alívio dá à memória».