Há Rios Que Não Desaguam A Jusante
Clique na imagem para ampliar

Há Rios Que Não Desaguam A Jusante

19,00 €
  • ISBN: 978-989-8828-58-3
  • Depósito legal: 446786/18
  • Edição: 2018
  • Idioma: Português
  • Tipo: Livro
  • Estado: Novo
  • Editora: Companhia das Ilhas
  • Autor: DEMPSTER, NUNO
Tema: Literatura Portuguesa, Prosa
Colecção: AZULCOBALTO 

Procure o livro que tanto deseja

Selecione a quantidade prentendida, da Livraria que mais lhe convém

Pode encomendar livros em diferentes livrarias

Coloque os seus dados de contato e finalize o seu pedido

Irá ser contatado pelos Livreiros sobre a sua encomenda

Livrarias

Livraria Localização Estado Quantidade
Culsete Setúbal, Setubal Disponível -+
  • Descrição

A narrativa inicia-se na Bélgica, em 1868, com a Revolução
Industrial já avançada, e prossegue até aos dias de
hoje, entre esse país e Portugal. Não sen+K144do um romance
histórico, vai buscar uma semipersonagem à História Belga
do século XIX, o rei Leopoldo II. Dizemos semipersonagem
porque entra no enredo como necessária ao assunto da
narrativa, só participando na trama através de cartas, do
poder exercido em seu nome por terceiros e com a influência
do exemplo que dá, através da criação do Estado Independente
do Congo, que não foi uma colónia belga, mas
propriedade pessoal sua, com cerca do dobro da superfície
da área de Angola. Aí, sem nunca ter lá ido, provocou
os maiores desmandos com a exploração do marfim e da
borracha e no amassar de uma fortuna imensa, à custa do
genocídio de africanos congoleses, que autores estimam
entre seis a dez milhões de pessoas. É ele a fonte do mal,
que vai permanecer na sua única e ficcional descendência
bastarda. O romance trata, pois, do mal enquanto indevido
contravalor vida, quer através dele, quer do filho bastardo,
quer do neto e da bisneta dessa mesma linha, cada um em
sua geração, que, juntas, ocupam um tempo narrativo de
cento e quarenta e seis anos.
A personagem mais central é o coronel Pierre Latour, já
na terceira geração (1920-2014), militar antes e durante
a independência do Congo ex-belga, mercenário na guerra
de secessão do Catanga e no início da guerra colonial de
Angola, solitário, herdeiro de fortuna incontável, dir-se-á
tão multiplicada como o mal que continua desde o avô e do
pai, general morto na invasão da Bélgica pelo III Reich e seu
exemplo de vida. É Pierre Latour que passa a narrativa para
Portugal, quer através do comando do grupo de mercenários
que forma, por contrato, para proteger os europeus da
Companhia de Diamantes de Angola, onde, ao ouro que levou
do Catanga, junta uma fortuna ainda maior de pedras
preciosas da Lunda, quer depois, quando se vê obrigado a
aceitar asílo político em Portugal, com a cabeça a prémio,
devido a uma carnificina total de insurgentes angolanos,
praticada sob o seu comando e plano. Aqui irá viver doze
anos, até pouco depois do 25 de Abril, altura em que se
junta aos que então, fugiam de Portugal. Nesse entretempo,
engravida uma camponesa de quinze anos cuja criança,
depois do parto (1972), é batizada com o nome Carlota. O
coronel faz desaparecer a mãe para longe, a ela e aos pais,
através dos seus amigos do topo da PIDE. Chamando a si o
direito à criança, que nunca reconhecerá como filha, nem
ela saberá que é o seu pai senão depois de morto, entrega-
-a, anónimo e com o apoio do patriarcado, a uma ordem
de freiras que, por troca de donativos mensais de origem
oculta, a cria e educa até aos 21 anos, praticamente desde o
nascimento até se formar em Farmácia. Pierre Latour acaba
por ter de garantir, contra a sua vontade, a descendência
através dessa criança, para ele bastarda e plebeia, depois
de um noivado que ele manteve desde antes da independência
do Congo até meio da sua estadia em Angola e que
acabou devido a um suposto desastre de automóvel.
Carlota, com a licenciatura feita e já a trabalhar, virá a revelar-
se fria e cruel como uma aranha, com a destruição da
vida do amante, e acaba por ser a herdeira de mãos de ferro
necessária para que o mal continue o seu caminho. Em
contraponto, surgem personagens que, de uma maneira ou
de outra, representam o bem que, na vida, se opõe activamente
ao mal, mas são poucas, como sucede na realidade.

Main Menu