Retrato do artista em 1956

Era desejo expresso de Jaime Gil de Biedma que este diário chegasse à imprensa após sua morte. As três partes que o compõem (As Ilhas de Circe, Informação sobre a Administração Geral nas Filipinas e De regresso em Ítaca), não constituem apenas a inteligente e brilhante história das vicissitudes pessoais, profissionais e criativas vividas ao longo de quase um ano pelo poeta , na sua juventude, mas oferecem uma visão do mundo, da literatura e do tempo social e político em que viveu, que completa, ilumina e amplia a leitura da sua obra poética.Jaime Gil de Biedma nasceu em 1929 , em Barcelona, ​​​​cidade onde residiu permanentemente (exceto por longos períodos em La Nava de la Asunción e Manila, devido ao cargo que ocupou na General Tobacco Company das Filipinas), formou-se em Direito em 1951 e faleceu em Barcelona em janeiro de 1990. Seus primeiros poemas apareceram em 1953, com o título Segundo a sentença do tempo. Seguiram-se Companheiros de Viagem (Barcelona, ​​​​1959), A Favor de Vénus (Barcelona, ​​​​1965), Moralidades (México, 1966) e Poemas Póstumas (Madrid 1968). Em 1975 reuniu pela primeira vez sua poesia completa sob o título Las personas del verbo (editores Barral), republicada por Seix Barral em 1982, pela Editorial Lumen, em 1998, com alguns poemas inéditos e um prólogo de Carme Riera, e em 2006 por Gutenberg Galaxy-Círculo de Lectores com prólogo de James Valender. Em 1960 publicou Cántico: O mundo e a poesia de Jorge Guillen, livro que, junto com suas outras incursões ensaísticas, está incluído em El pie de la letra. Ensaios completos, 1955-1979 (Barcelona, ​​1980, 1994 e 2001) e, em 1974, Diário do artista gravemente doente, que constitui, com modificações, a terceira parte do Retrato do artista em 1956.