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ensaiava reunir-se digamos respigar o que de si res ta va ou como é comum nos livros dizer de si a possível poesia reunida no caso inevitavelmente dis per sa....

Com o calor, a mãe abre o poema sobre o mar para que adormeça de uma só vez. Será um corpo de mármore aquecido mais o seu bafo raiado de branco, hausto morno de cicatrizes e irrequietos minerais, arquipélago de versos....

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Vejo a minha mala com a faixa amarela que a identifica, a emergir da confusão, como uma bandeira adiada a assinalar o território do sonho. Agarro-a e encaminho-me para a porta onde, além de todos os receios e saudades, o futuro se abre de par em par. Chamo-me Soraia e sei que Macau também pod...

Entre o acervo recopilado no Arquivo da Casa Imperial do Brasil encontra-se um maço de documentos, recebido em doação, que se refere a Contrasta. Reúne escritos datados, na sua maior parte, entre 14/10/1760 e 09/08/1778. Alguns avulsos aparecem sem especificar nem datar, mas referem-se à mesma ...

Albertina Belmonte deixou o livro que acabava de ler sobre o mármore rosado da mesinha de cabeceira. Sentada na beira da cama, pôs-se a contar as respirações de sua avó Graciana. O médico fora muito claro: velhice pura e simples. Observou o semblante pálido. As mãos, antes sempre inquietas, ...

Uma obra charneira no percurso poético de Carlos Alberto Machado (Lisboa, 1954-). «Por vezes um poema é a dobra bem feita dum lençol no estendal repleto de peúgas cuecas e outras peças importantes de roupa interior resgatadas das nódoas suspeitas e do escurecimento da mão»...

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Orfeu, próximo à superfície, ou desconfia do engodo ou não suporta a tentação de vê-la; sente Eurídice, a necessidade de tornar essa presença uma imagem, o gesto de olhá-la, agora memória. A morte da experiência faz nascer o poema. Orfeu sabe Eurídice, poesia. Se não houvesse o gesto, ...

narrativa modernista onde uma unidade na tessitura de símbolos e alegorias da cultura bíblica judaico-cristã introduz a sua marca inovadora na literatura portuguesa....

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