Pietro Lombardo: Renascimento no Norte
10,00 €
- ISBN: 978-989-8217-05-9
- Depósito legal: 301359/09
- Edição: 2009
- Idioma: Português
- Dimensões: 15 x 22.5 cm
- Nº Páginas: 136
- Tipo: Livro
- Estado: Novo
- Editora: Dafne Editora
- Autor: Tavares, Domingos
Tema: Arquitectura, Arte, Arquitectura e Design
Colecção: Sebentas de História da Arquitectura Moderna
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Descrição
Este livro organiza os conteúdos de uma aula que tem por tema a especificidade da arquitectura do Renascimento em Veneza, explorando as distintas contribuições dos seguidores do gosto clássico à maneira de Florença, tendo em conta o que de mais particular ressalta da expressão própria da cultura local. Por essa razão o trabalho não pretende cingir-se a uma amostragem da obra arquitectónica de Pietro Lombardo, mas antes evidenciar os aspectos originais que dela ressaltam em alternativa à lição florentina melhor representada por Mauro Codussi. O texto sobrepõe considerações sobre estes dois artistas, ambos migrantes da região pré-alpina, hábeis trabalhadores do mármore, dos muitos que afluíram a Veneza nas últimas décadas do século XV, provenientes das terras altas da Lombardia. Lombardo e Codussi tinham já percorrido diversos caminhos de aprendizagem, o que lhes conferia à chegada o estatuto de profissionais qualificados. Por igual tomaram da tradição gótico-bizantina os elementos de estímulo para criar uma arte local integradora do novo discurso clássico, abrindo caminho a uma arquitectura original no contexto urbano da cidade da laguna.
O Renascimento no Norte, quando teve Veneza como principal pólo difusor, distingue-se das experiências de Génova ou Milão, pela clareza dos volumes, pela transparência, pela intensidade da cor, pela delicadeza do traço escultórico, pela disciplinada matriz geométrica que a suporta. Mais Lombardo que Codussi, principais agentes da mudança, foram ambos fundindo a fácil perceptibilidade dos espaços de natureza central das igrejas bizantinas com o uso ordenado dos modelos formais extraídos da antiguidade romana. Envolveram os objectos arquitectónicos que produziram com o rendilhado decorativo, os chamados arabescos, tão ao gosto das superficialidades lombardas, mas fizeram-no com uma tal intensidade e brilho que acabaram por conferir à corrente veneziana a popularidade e generalizada simpatia em todos os quadrantes sociais, como nenhuma outra frente renascentista conseguiu atingir. Por isso, ao escolher Pietro Lombardo para representar este momento particular da história da arquitectura do período de consolidação do Renascimento, confronta-se essa experiência com algumas das mais significativas obras produzidas por Mauro Codussi nos domínios da arquitectura religiosa, por ventura mais próximas de um certo racionalismo praticista, em que melhor se exprimem as tendências da arte florentina.
Em sintonia com os admiradores de uma arte figurativa de fácil apreensão popular, toma-se então, neste texto, a arquitectura de Pietro Lombardo como uma expressão singular que se insere no movimento de expansão da atitude moderna. É uma arquitectura que retoma o sentido clássico também presente nos territórios do Norte de Itália, e, em particular, do cenário intenso da cidade de Veneza, a paixão pela criatividade impressiva. Assim, procura-se evidenciar o caminho de procura consciente para o regresso a valores da arte identificados com o antigo, recuperando as imagens da tradição bizantina que fizeram o mito da paisagem particular da República Sereníssima. E tenta-se construir um quadro de modernidade na mesma linha desenvolvida pelos pintores da consistência plástica em ambiente de cor e de luz, para a representação do simbólico através da imediata identificação do real.
O Renascimento no Norte, quando teve Veneza como principal pólo difusor, distingue-se das experiências de Génova ou Milão, pela clareza dos volumes, pela transparência, pela intensidade da cor, pela delicadeza do traço escultórico, pela disciplinada matriz geométrica que a suporta. Mais Lombardo que Codussi, principais agentes da mudança, foram ambos fundindo a fácil perceptibilidade dos espaços de natureza central das igrejas bizantinas com o uso ordenado dos modelos formais extraídos da antiguidade romana. Envolveram os objectos arquitectónicos que produziram com o rendilhado decorativo, os chamados arabescos, tão ao gosto das superficialidades lombardas, mas fizeram-no com uma tal intensidade e brilho que acabaram por conferir à corrente veneziana a popularidade e generalizada simpatia em todos os quadrantes sociais, como nenhuma outra frente renascentista conseguiu atingir. Por isso, ao escolher Pietro Lombardo para representar este momento particular da história da arquitectura do período de consolidação do Renascimento, confronta-se essa experiência com algumas das mais significativas obras produzidas por Mauro Codussi nos domínios da arquitectura religiosa, por ventura mais próximas de um certo racionalismo praticista, em que melhor se exprimem as tendências da arte florentina.
Em sintonia com os admiradores de uma arte figurativa de fácil apreensão popular, toma-se então, neste texto, a arquitectura de Pietro Lombardo como uma expressão singular que se insere no movimento de expansão da atitude moderna. É uma arquitectura que retoma o sentido clássico também presente nos territórios do Norte de Itália, e, em particular, do cenário intenso da cidade de Veneza, a paixão pela criatividade impressiva. Assim, procura-se evidenciar o caminho de procura consciente para o regresso a valores da arte identificados com o antigo, recuperando as imagens da tradição bizantina que fizeram o mito da paisagem particular da República Sereníssima. E tenta-se construir um quadro de modernidade na mesma linha desenvolvida pelos pintores da consistência plástica em ambiente de cor e de luz, para a representação do simbólico através da imediata identificação do real.